Continuação - GASES -
CLASSE 2 - IMO
(Parte 2)
As informações contidas neste artigo
destina-se apenas para fins informativos gerais de apoio para aqueles que algum
dia vão precisar utilizar o equipamento. É importante salientar que a segurança
do equipamento está na leitura constante do manual do fabricante e nos
treinamentos.
Dentre os gases o Oxigênio (O2), é
um dos mais importantes do ecossistema e para vida humana.
Na primeira parte deste artigo, comentários
foram feitos sobre a importância de medidas preventivas, e cuidados especiais
para entrada em espaços confinados, onde poderá haver limitações de oxigênio,
logo risco para a vida humana.
Os profissionais que vão executar trabalhos
em espaços confinados devem reconhecer avaliar e controlar os riscos inerentes
aos trabalhos a serem desenvolvidos porque estarão frente a restrições não
somente da atmosfera existente, mas também barreiras estruturais de acessos e
dificuldades de movimentação.
Nos trabalhos em espaços confinados a bordo
de embarcações ou plataformas geralmente, em sua maioria estão relacionados a
tanques, logo uma avaliação criteriosa deve ser feita, e verificado se a
atmosfera está na faixa ou acima de 20,8% contendo oxigênio, limites de
recomendação para acesso sem equipamento de respiração.
Os acessos normalmente são difíceis, através
de abertura de elipse, descida por escadas verticais (as vezes até inclinadas
acompanhando o formato do tanque), e contendo resíduos de cargas, e ferrugem em
suas paredes e estruturas. Um fuga é algo preocupante frente as barreiras
encontradas, por isso medidas preventivas devem ser tomadas.
Sempre notei em minha trajetória profissional
que os Aquaviários e trabalhadores da Indústria Offshore, em sua maioria não
tem total conhecimento do que vem ser um espaço confinado, desta forma vamos
descrever algumas informações importantes, vejamos:
O que é um espaço confinado? É qualquer
lugar, de uma plataforma de petróleo ou embarcação, que possui as seguintes
características: abertura limitada para entrada e saída de pessoas, ventilação
desfavorável (insuficiente ou deficiente) e local não projetado para uma
ocupação contínua do trabalhador.
Qual a natureza do espaço confinado? É fechada,
sua estrutura cria condições de riscos de acidentes, danos ou lesão.
Quais seriam estes espaços? Poderíamos
incluir entre outros, caldeiras, vasos de pressão, tanques de lastro, tanques
de carga, fundos duplos, casco duplo, cofferdam, tanques de óleos, tanques de
esgoto, cárteres de motores, pernas de plataformas, tanques de estocagem de
materiais diversos, contêineres, etc.
É importante observar que alguns locais podem
ser enquadrados como espaço confinado, isto é ocorrendo ocasionalmente como um
local sendo pintado com pulverizador, ou passando por operações de soldagem, um
compartimento de CO2 com vazamento em suas ampolas, etc. Não estamos
considerando a questão dos fluxos livres de líquidos ou sólidos que podem
causar afogamento, sufocamento, queimaduras e outros acidentes; bem como
temperatura alta (calor excessivo), pode causar insolação ou colapso de
estresse. Todos estes podem causar uma atmosfera asfixiante.
O que pode conter um espaço confinado? Atmosferas
inflamáveis ou explosivas, gases nocivos, fumaça ou vapor, falta ou excesso de
oxigênio, temperaturas altas, entre outros.
Não podemos esquecer quando se fala em
Oxigênio, temos que levar em conta 2 situações: Primeira aquela
relacionada com a deficiência de oxigênio na atmosfera que pode
causar inconsciência e morte, o que é possível também pelo deslocamento do ar
por escapamento de um gás ou processos de reações químicas ou biológicas de
matéria orgânica em decomposição (resíduos e restos de cargas), oxidação do
chapeamento interno, entre outros. Como segunda situação pode dizer o enriquecimento
do oxigênio na atmosfera, que aumenta o risco de incêndio e explosão, como
por exemplo, na fuga de uma garrafa de oxigênio usada em corte de chapa dentro
de um tanque, etc.
Qual a principal medida em caso de
emergência? Avaliação (teste) e monitoramento da atmosfera.
O teste deve ser executado para verificar o
tipo de conteúdo da atmosfera, como por exemplo, se está deficiente ou
enriquecida de oxigênio, se contém substância inflamável e se o ambiente está
tóxico.
O que deve compor um procedimento de
emergência (avaliação de risco)?
Deve estar ciente de que todos os riscos
associados com os perigos foram avaliados e controlados, vejamos alguns:
- Verificar qual o tipo de conteúdo da
atmosfera;
- Se existe deficiência ou enriquecimento de
oxigênio;
- No caso de tanques, quais foram os
conteúdos prévios;
- Se existem resíduos, quais são eles;
- Qual a estrutura e layout do local;
- O produto trata-se de algum produto
contaminado;
- Se existe alguma fonte de ignição;
- Quais são as substâncias inflamáveis;
- Possui algum isolamento inadequado;
- Outros
Quais são as outras medidas de emergência? Resume
no procedimento de autorização do trabalho, ou seja, resgate em prontidão,
medida de alarme em caso de emergência, pessoal instruído, informado
devidamente quanto aos riscos, e treinados para as fainas de emergências,
fornecimento de equipamentos de proteção individual, de reanimação de vítima,
tripé de resgate pronto para ser utilizado, e pessoas treinadas na
operacionalidade destes equipamentos.
Esta permissão por escrito é a garantia do estabelecimento
de condições seguras para o trabalho, dentre as medidas a do procedimento de
emergência.
Visto estas informações importantes voltemos
à análise do oxigênio.
Não podemos esquecer que superfícies
metálicas úmidas consomem oxigênio pela oxidação (ferrugem), ocorrência muito
comum em tanques de lastro que ficam fechados por longo período pode ter caído
em 4% o que torna perigoso à vida humana.
Atenção: Não há nenhuma indicação visível ou
odor no ar contido nos tanques que possa indicar deficiência ou enriquecimento
de oxigênio, tornando um risco perigoso à vida humana, pois um homem ao entrar
em um local desavidamente, sem aviso ou sem conhecimento, poderá perder a
consciência ou mesmo morrer. A mesma probabilidade de perda de oxigênio
ocorre quando existem decomposição de matérias orgânicas que também causam
deficiência de oxigênio.
Existem relatos de tripulantes que desceram
em porões durante um carregamento de trigo, ao entrarem no agulheiro, e
descerem pela escada para visualizarem se a carga estava sendo arrumada
corretamente, posicionaram em espaço com deficiência de oxigênio, e
desfaleceram, desta forma, é importante observar que o ambiente e o risco
caminham juntos.
Para que seja feita medições será necessário
que o profissional esteja habilitado a utilizar corretamente o aparelho "Oximetro".
OXÍMETRO (Oxygen Gas Meter):
Ao contrário dos detectores de gases, como o
nome diz se destina a detectar, apresentar a presença de gases, na atmosfera,
logo estes equipamentos não são analisadores de gases, os Oxímetros medem o
percentual de oxigênio na atmosfera. Não podemos esquecer e convém
relembrar que qualquer detector de gás não identifica qual gás está no local
contaminando o ambiente, mas existe equipamentos com diferentes sensores
dedicados a cada tipo ou família de gás.
O Oxímetro é um medidor de oxigênio.
Um analisador de oxigênio com alta precisão é
ideal para navios e plataformas de petróleo para determinar o percentual de
oxigênio contido no ar. O Oxímetro (analisador de oxigênio) normalmente está
disponível nas versões portáteis e montagem permanente. Existem muitos modelos
de analisadores de oxigênio disponíveis no mercado que podem medir o nível de
oxigênio dos 0.00ppm a 100 %.
A indústria marítima foi uma das precursoras
deste tipo de aparelho, o manuseio era complexo, e o risco de acidentes era
grande porque a solução utilizada era corrosiva, e podia causar irritações na
pele e nos olhos. Modernamente temos aparelhos eletrônico de fácil manuseio,
inclusive com visor digital.
Existem diversos tipos de oxímetro, para
ilustração deste trabalho temos como exemplo o que é formado por 2 componentes
principais que são o "sensor de oxigênio" e o "mostrador de
medição", e o seu princípio de funcionamento funciona com o ar aspirado
por uma bomba de sucção ou aspirado por difusão até o sensor, mas cada tipo ou
modelo dependerá do fabricante. O detector do oxigênio utiliza o sensor
eletroquímico para determinar a concentração do oxigênio no espaço de medição.
O sensor é uma célula galvânica composta de 2
eletrodos, sendo o catodo de ouro e o anodo de chumbo, ambos imersos em base
eletrolítica.
As moléculas do oxigênio vão passar através
da membrana até a solução, o que vai causar uma reação entre o oxigênio e os
eletrodos, que vão produzir uma corrente elétrica proporcional à concentração
de oxigênio. Passando a corrente elétrica pelo circuito elétrico o que
fornecerá um sinal amplificado como uma deflexão do ponteiro do medidor ou na
leitura digital, cujo resultado será uma porcentagem em volume de oxigênio.
É muito importante lembrar que todo aparelho
que fornece leitura direta, requer que o mesmo seja calibrado na altitude onde
o mesmo esteja sendo usado.
A medição de acordo com cada tipo de aparelho
poderá ser abrangente, ou seja, 0-25% ou 0-100%.
A funcionalidade do equipamento é simples e
objetiva, o ser humano precisa de uma atmosfera de 20,8% de oxigênio, se for
feito uma análise em um compartimento e detectar uma atmosfera abaixo de 19,5%
o local é considerado deficiente e com risco, desta forma sendo importante o uso
de uma máscara (conjunto autônomo de respiração).
Por outro lado atmosferas ricas em oxigênio
tornam-se vulneráveis a combustão, isto é, como exemplo se tem uma atmosfera
contendo 25% de oxigênio, estamos numa atmosfera perigosa e existe o risco de incêndio
ou explosão.
Muito importante alertar que quando temos
atmosferas abaixo de 14%, alguns explosímetros não fornecem informações e
resultados, logo devemos considerar como uma situação de risco, pois muitas
vezes há presença de contaminantes que causam decréscimos.
Para estes tipos de oxímetros a célula
sensora é acondicionada em embalagem especial contendo uma atmosfera inerte,
logo se recomenda que o sensor seja removido dessa embalagem antes do
instrumento ser calibrado, por conseguinte a calibração deverá ser realizada em
local ventilado, ao nível do mar, considerando 0,15% de vapor d'água no
ambiente. Nesta calibração, é aceito até ao nível de 20,8% didaticamente arredondando
para 21%.
Se porventura a leitura indicar
"zero", a validade da vida útil deve ser verificada, bem como a troca
da bateria. Normalmente o ajuste é feito com uma chave-de-fenda que ao ser
conectado no parafuso de calibração, o mesmo ao ser girado deve ser ajustado
até atingir 20,8%.
Nos oxímetros modernos existem alarmes de níveis
baixo e alto, o que pode variar conforme o fabricante, mas sempre dentro de uma
margem entre 19,5% até a faixa de 23.5%.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO: todo medidor
de oxigênio - Oxímetro - possui 2 componentes um deles o sensor, e todos
funcionam basicamente da mesma maneira, ou seja, o sensor reage com o oxigênio
e um sinal elétrico passa a ser produzido em proporção com a concentração de
oxigênio. Este sinal é amplificado, e convertido em unidade de concentração, e
passa a ser exibido no medidor, que pode ser em leitura de escala, gráfica ou
digital. Há a necessidade da calibração, pois está sujeito a mudanças de
temperatura, altitude ou salinidade. Por terem em sua maioria células
eletroquímicas com um eletrodo positivo (catodo) e um negativo (anodo). A
redução química do oxigênio gera uma corrente elétrica, proporcional à
concentração, logo apresenta tensões produzidas pelas reações processando a
medição.
LIMITAÇÕES DO OXÍMETRO : Como todo
equipamento, o oxímetro tem suas limitações, entre elas a altitude
(fornece leituras reduzidas), atmosferas contendo agentes oxidantes como cloro
e ozônio (indicam altas concentrações de 02), altas concentrações de dióxido de
carbono (diminui a vida útil do sensor), temperaturas altas (pode afetar o indicador
de O2), temperaturas baixas (pode congelar a solução). Quanto a questão da
pressão atmosfera, as pesquisas indicam que à medida que a altitude aumenta, a
compressão diminui, reduz o número de moléculas no ar que são comprimidas em um
dado volume, o que poderá causar medidas incorretas, visto que o aparelho tenha
sido calibrado ao nível do mar.
Conclui-se que é necessária a calibração para
a altitude que o aparelho vai fazer a medição.
SÍNTESE DE PRECAUÇÃO: Todo equipamento
de segurança deve ser inspecionado, cuidadosamente, todas as partes do
equipamento, tendo especial atenção pelos sensores e mecanismos de leituras.
Qualquer sinal de avaria estrutural devido a queda deve ser verificado e
qualquer sinal fora do padrão deve ser conduzido para especialista para que se
faça uma avaliação apurada nas condições de funcionamento.
Em todo treinamento sempre deve ser falado na
importância de verificação do bom funcionamento do equipamento. Rotinas
diárias, semanais, mensais etc. devem ser implantadas no programa de Segurança
do Trabalho.
Temos que lembrar que uma pessoa competente
para fazer uma análise de oxigênio, significa uma pessoa com suficiente
conhecimento teórico e experiência prática para fazer esta análise e avaliar
sobre as probabilidades de ocorrência de atmosferas perigosas, bem como
responsável pela emissão de uma permissão de trabalho deve ter conhecimento
capacitado para autorizar permitindo a entrada em espaços confinados, ou seja,
ter conhecimento suficiente do procedimento a ser seguido.
Todo sensor pode causar interferências, logo
desconhecendo as características de cada sensor, pode levar profissionais
usuários a terem surpresas desagradáveis e até mesmo decisões enganosas.
Como exemplo pode citar: O monóxido de carbono (CO) e o Hidrogênio (H2), tem o
mesmo princípio eletroquímico; também o álcool etílico sensibiliza um sensor de
CO. Estes gases estando em compartimentos com outros gases ou produtos
químicos poderá provocar um alarme, mas os valores de leitura podem estar
incorretos. Estas interferências de gases e produtos devem ser informadas pelos
fabricantes, por isso é importante a leitura do manual do equipamento.
A prática nos ensina que um Oxímetro é
totalmente ineficaz em atmosferas sujeitas a baixas concentrações de gases
tóxicos, mas é eficiente para a segurança em compartimentos contaminados por
gases asfixiantes, logo, CUIDADO com o erro de querer tentar proteger
alguém em local confinado sujeito a gás tóxico, com Oxímetro.
Como exemplo pode citar relatos técnicos de
que na limpeza de tanques de água onde pode ocorrer o risco de gás cloro (CL2),
onde a concentração perigosa à vida humana é de 20 ppm = 0,002% v/v, enquanto
que a menor de alguns oxímetros digitais é de 0,1% v/v que corresponde a 1000
ppm, o que pode levar à morte apesar do nível de oxigênio estar normal.
CALIBRAÇÃO: A finalidade de um Oxímetro
é para proteger o trabalhador de riscos invisíveis que possam existir em
determinados ambientes, tais como espaços confinados. É imperativo que o
Oxímetro seja devidamente mantido e calibrado para funcionar corretamente e
garantir a segurança do trabalhador. A calibração refere-se a precisão de
medição de um instrumento relativamente a uma concentração conhecida de
oxigênio.
O oxímetro é uma ferramenta vital para
garantir que a atmosfera se encontra em condições de acesso, por isso a
calibração deste equipamento é extremamente importante.
Para que o equipamento apresente precisão na
medição, é necessário que ele esteja calibrado, e pode ser a diferença para que
não ocorra nenhum acidente.
Nunca negligencie calibração do Oxímetro.
Não esqueça que um Oxímetro mal calibrado com
leituras imprecisas põe em risco de perigo a vida humana, causar acidentes ou
doenças graves e até a morte por deficiência de oxigênio ou explosões que
são catastróficas, ferindo ou matando pessoas e destruindo propriedade.
A melhor forma para testar a precisão é por
em exposição o instrumento a uma concentração conhecida de gás.
A frequência de calibração para instrumentos
de detecção de gás dependerá do tipo de utilização do instrumento. Recomenda-se
que o usuário deve calibrar seu instrumento antes de cada utilização.
Deve sempre consultar o manual do equipamento para verificar a tolerância e o
disparo do alarme, alguns equipamentos possuem autocalibrarão.
A prática nos ensina que toda vez que houver
suspeita de que o instrumento tenha sido submetido a qualquer condição que
poderia ter algum efeito adverso, ou seja, tenha sido operadas em altas
concentrações de gases, temperaturas extrema choque mecânico, humidade ou
molhadura, etc., deve ser feito a calibração.
Diferentes condições ambientais afetam a
capacidade de resposta de sensores eletroquímicos, por esta razão, é
recomendável realizar a calibração no local real onde o dispositivo estará
sendo usado, pois causam um desvio em componentes eletrônicos e ao longo do
tempo poderá afetar os componentes eletrônicos e circuitos.
No teste do alarme de advertência de um
Oxímetro o alerta ocorrerá quando um ambiente é potencialmente perigoso, devido
a uma concentração detectável de oxigênio, ou seja, se aproximou de um nível perigoso,
logo o alarme de perigo do aparelho irá soar para alertar o usuário de que os
níveis de Oxigênio atingiram o nível programado.
É comum ocorrer desvio de calibração ao longo
do tempo e as leituras não confiáveis é o resultado,
portanto estes equipamentos com desvios de calibração não têm a capacidade
de converter essa informação em leituras precisas. Isto pode ser evitado
através de calibração regular com uma concentração de gás padrão certificado.
Vejamos algumas causas de Desvio de
Calibração: Sensores apresentam desgaste natural com o tempo de uso, exposição frequente
e uso em determinadas condições ambientais (temperatura e umidade extremas e
altos níveis de partículas no ar), exposição a altas ( acima da faixa )
concentrações de gases, vapores, solventes, sofrer queda ou ficar submerso em
líquidos, vibrações ou choques.
Quando ocorrer qualquer desvio acima da
tolerância isto pode significar que o sensor esteja danificado e deve ser
substituído, ou seja, encaminhada para análise de profissional especializado em
manutenção destes equipamentos.
Sempre é importante ter um registro e
controle de calibração de cada Oxímetro para identificar o histórico de reparos
e manutenção e a hora melhor para a substituição.
O correto é que cada Oxímetro venha em seu
kit com as instruções para calibração, ferramentas e equipamentos necessários
para realizá-lo corretamente.
A validade do gás do teste deve ser verificada,
evitando desvios e incorretas leituras.
CONCLUSÃO:
Qualquer equipamento utilizado para fazer
verificações de atmosferas, não somente para verificar insuficiência ou
enriquecimento de oxigênio, há a necessidade de ao comprar verificar se contem
manual de instruções e certificado de garantia, bem como aprovação pelas
autoridades de segurança.
O pessoal que é costumeiro ter acesso ou
mesmo aqueles que fazem parte de brigadas de incêndio, e outro envolvidos em
salvamento, deve estar treinados e aptos para usarem os oxímetros.
ATENÇÃO AO LEMA: TODO EQUIPAMENTO GERA
TREINAMENTO!
Não devemos esquecer-nos da precaução de
sempre testar e calibrar o equipamento antes do acesso em locais e espaços
confinados.
Não podemos esquecer que oxímetro é um
medidor de oxigênio, é importante que sempre que for entrar em um
compartimento, deve ser verificado se a atmosfera está comprometida, bem outros
testes com equipamentos apropriados devem ser utilizados para verificar se há
gases explosivos ou combustíveis e outros gases como monóxido de carbono, gás
sulfídrico ou anidrido carbônico, etc.
É importante de forma preventiva conhecer
todos os contaminantes que poderão estar presentes no ambiente, suas
características - tóxico, inflamável, asfixiante, sua densidade, limite
inferior de inflamabilidade (LII), ponto de fulgor, temperatura de autoignição,
e riscos, seja consultando publicações e artigos técnicos sobre análise
laboratorial.
O ar atmosférico contém cerca de 21% de
oxigênio por volume, e havendo queda neste percentual de antemão sua produtividade
cai, seu rendimento cai, muito pouco trabalho poderá ser desenvolvido, caindo o
percentual para 8 a 11%, o homem corre o risco de perder os sentidos, podendo
morrer pela falta de oxigênio no sangue, e havendo somente 6% de oxigênio no
compartimento a morte ocorre entre 6 a 8 minutos. Quando houver a
necessidade de submeter alguém a trabalhos confinados, podemos minimizar os
riscos com roupa especial e respirador de ar (máscaras contra gases). A
segurança sempre deve estar ligada a implementação de uma política de
calibração periódica dos Oxímetros, criando um ambiente consciente do quão é
importante é este instrumento de medição de oxigênio.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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SEGURANÇA NA ARMAZENAGEM, MANUSEIO E
TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS, Gerenciamento de Emergência Química, Giovanni
Moraes de Araújo, Volume 1, 2ª edição
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