GASES
(CLASSE 2 - IMO)
1 -
INTRODUÇÃO
Espaços confinados a bordo de navios e de
plataformas de petróleo tem sido motivo para uma evolução no desenvolvimento de
modernos dispositivos de teste e análise de atmosferas contendo os mais
diversos tipos de gases.
Os testes de explosão de gases tiveram como
princípio de análise a oxidação catalítica dos gases, depois vieram os sensores
como exemplo eletroquímicos, de filamento quente não catalítico, de
infravermelho e também o medidor de filamento quente não catalítico.
O trabalhador no mar está sujeito a
exposições de diversos riscos decorrentes de fatores ocupacionais e ambientais,
e um dos mais temíveis são os gases.
Gases: são fluidos que são encontrados no
estado gasoso, mas podem ser mudados para o estado líquido ou sólido através de
redução de temperatura e aumento da pressão. Não tem forma, nem volume, se
expandem e difundem no ambiente.
Um dos perigos comum encontrados a bordo,
áreas de risco industriais, refinarias, indústrias de petróleo e gás (plataformas
e embarcações), oleodutos, terminais e armazéns de cargas, onde são
manipulados, transportados, processados ou estocados, os gases apresentam
potencial de vazamento que levam a incêndios e explosões, podendo causar
vítimas fatais.
Os espaços que contem esses gases, algumas
vezes contêm menor percentagem de oxigênio o que causa o perigo para a vida
humana.
Uma pessoa entrando desprotegida em um
compartimento ou área com vazamento de gás está automaticamente em perigo de
asfixia ou sufocação, ambos por falta de ar e também pelos efeitos venenosos
dos gases nocivos que respirar.
Segundo a IMO podemos classificar os gases
(CLASSE 2) nas seguintes SUBCLASSES::
Subclasse 2.1 - Gases
inflamáveis: são gases que a 20°C e à pressão normal são inflamáveis quando
em mistura de 13% ou menos são constituídos de ar, ou que apresentem faixa de
inflamabilidade com o ar de, no mínimo 12%, independente do limite inferior de
inflamabilidade.
Risco: Incêndio e explosão
Exemplos: Metano, butano, hidrogênio,
produtos de aerossol inflamável, butano e propano.
Subclasse 2.2 - Gases não
inflamáveis, não tóxicos: são gases asfixiantes, oxidantes ou que não se
enquadrem em outra subclasse.
Risco: Sufocamento pela falta de oxigênio
Exemplos: extintores com neon, ar e gás comprimido,
dióxido de carbono, dióxido de nitrogênio e hélio.
Subclasse 2.3 - Gases
tóxicos: Gases tóxicos: são gases, reconhecidamente ou supostamente,
tóxicos e corrosivos que constituam risco à saúde das pessoas, devido ao
seu efeito tóxico e de corrosão.
Risco: Envenenamento
Exemplos: Monóxido de Carbono (CO),
Hidrogênio, Dióxido de Carbono (CO2) e cloro.
2 - ASPECTOS FÍSICOS DOS GASES
Os gases são apresentados para transporte sob
diferentes aspectos físicos:
Gás comprimido: é um gás completamente gasoso;
Gás liquefeito: gás parcialmente líquido;
Gás liquefeito refrigerado: gás parcialmente
líquido devido a sua baixa temperatura;
Gás em solução: gás comprimido dissolvido num
solvente.
3 - GÁS TÓXICO
Definição de gás tóxico: é um composto
que, quando inalado, ingerido ou absorvido através da pele, pode provocar uma
grande variedade de danos ao ser humano, desde simples irritações até a morte.
Vejamos alguns exemplos de acordo com a
classificação da ABNT:
Tóxico: Amônia, dióxido de enxofre, cloro, cloreto
de hidrogênio e sulfeto de hidrogênio.
Oxidante: Ar, oxigênio, mix de oxigênio
>20%, oxido nitroso.
Inflamável: Hidrogênio, metano, acetileno,
butano.
Inerte: Argônio, hélio, nitrogênio, gases
inertes + mix de oxigênio <20%.
Não inflamável: Hexafluoreto de enxofre, gás
carbônico,
Tóxico e inflamável: monóxido de
carbono, fosfina, silano.
3 -
CLASSIFICAÇÕES DOS GASES TÓXICOS
3.1
- IRRITANTES: se
exalados provocam lesões de natureza inflamatória, localizada na pele ou na
mucosa, e provocam irritação das vias aéreas superiores e inferiores.
3.1.1 - Irritantes primários
De
ações sobre as vias respiratórias superiores
Gás Clorídrico (HCl), Ácido Sulfúrico (H2SO4), Amônia (NH3), Soda Cáustica
(NaOH), Formaldeído (CH2O)
De ação sobre os brônquios
Anidrido Sulfuroso (SO2), Cloro (Cl2)
De ação sobre os pulmões
Ozônio (O3), Gases Nitrosos (NO + NO2), Hidrazina, Fosgênio (COCl2)
3.1.2- Irritantes Atípicos
Acroleína (Aldeído Acrílico) (CH2CHCHO), Gases Lacrimogêneos
3.1.3 - Irritantes Secundários
Gás Sulfídrico (H2S)
3.2 - ANESTÉSICOS: provocam
perda total ou parcial da sensibilidade; bem como em resultado de várias
causas mórbidas, tem aplicação na área médica para aliviar a dor ou evitar que
ela apareça no curso de intervenções cirúrgicas.
3.2.1
- Anestésicos Primários
Hidrocarbonetos alifáticos: Butano (C4H10), Propano (C3H8), Eteno (Etileno)
(C2H4); Éteres; Aldeídos (Formol, Acetaldeído, etc.); Cetonas (Acetona, Metil
Etil Cetona, etc.).
3.2.2 - Anestésicos de efeitos sobre as vísceras
Hidrocarbonetos clorados: Tetracloreto de Carbono (CCl4), Tricloretileno
(CCl2=CHCl), Percloretileno (CCl2=CCl2), etc.
3.2.3 - Anestésicos de ação sobre o
sistema formador do sangue
Hidrocarbonetos aromáticos: Benzeno (C6H6), Tolueno (C6H5CH3), Xileno
(C6H4(CH3)2).
3.2.4 - Anestésicos de ação sobre o sistema nervoso
Álcoois: Álcool Metílico (CH3OH), Álcool Etílico (C2H5OH); Ésteres de Ácidos
Orgânicos (Acetatos de Etila e Metila, etc.); Dissulfeto de Carbono (CS2).
3.2.5 - Anestésicos de ação sobre o sangue e sistema circulatório
Nitro compostos orgânicos: Nitro tolueno (CH3C6H4NO2), Nitrito de Etila
(C2H5ONO), Nitrobenzeno (C6H5NO2)
Anilina (C6H5NH2), Toluidina (CH3C6H4NH2).
3.3. ASFIXIANTES: provocam
o estado mórbido por falta de oxigênio, podendo provocar a morte por sufocação.
3.3.1
- Asfixiantes Simples
Hidrogênio (H2), Nitrogênio (N2), Hélio (He), Metano (CH4), Etano (C2H6),
Acetileno (C2H2).
3.3.2 - Asfixiantes Químicos
Monóxido de Carbono (CO), Anilina (C6H5NH2), Gás Cianídrico (HCN).
4 - DESCRIÇÃO E EFEITOS DE ALGUNS GASES.
Amônia (NH3) = É
um gás tóxico muito usado em ciclos de compressão (refrigeração), devido ao seu
elevado calor, de vaporização e temperatura. A amônia e seus derivados uréia,
nitrato de amônio e outros são usados na agricultura como fertilizantes. Também
é componente de vários produtos de limpeza.
Cianeto de Hidrogênio (HCN) = Chamado ácido cianídrico ou ácido prússico, é gás incolor, extremamente volátil, e de baixo ponto de ebulição, podendo ser encontrado tanto na forma líquida quanto gasosa. Grande parte dos plásticos contém na sua composição compostos nitrogenados, que por combustão liberam gás cianídrico e por conseqüência causam envenenamento nas suas vítimas.
Dióxido de Carbono (CO2) ou Gás
Carbônico = É encontrado nas águas gaseificadas e nos refrigerantes, é
conhecido como gelo seco sendo muito utilizado em apresentações de palco.
Dióxido de Carbono ou Anidrido
Carbônico ou Gás Carbônico, é o gás caso se respire ocorrerá uma baixa percentagem
de oxigênio, logo ocorrerá intoxicação do sangue, ocorrendo o eventual
sufocamento. Tem aplicação comercial, sendo utilizado a bordo em sistemas fixos
contra incêndio e em extintores portáteis.
O CO2 é uma substância asfixiante, mesmo em
baixa concentração, afeta o centro respiratório no cérebro, estimulando a
freqüência e amplitude da respiração.
Em uma atmosfera onde estiver presente
oxigênio, em conjunto com o CO2, provocará o aumento do ritmo e a amplitude de
respiração, pode fazer com que essa atmosfera se torne tóxica e mesmo letal.
Dióxido de Enxofre (SO2) = É um gás incolor, é solúvel na água, é gás irritante para as mucosas dos olhos e vias respiratórias. Em concentrações elevadas, pode provocar efeitos agudos e crônicos na saúde humana, especialmente em nível de aparelho respiratório e agravar problemas cardiovasculares pela presença simultânea do SO2 e de partículas na atmosfera.
Gás Cloro (Cl2) = Gás extremamente tóxico e de
odor irritante, encontrado formando parte de cloretos e cloratos, sobretudo na
forma de cloreto de sódio nas minas de sal gema e dissolvido na água do mar. O
cloro é aplicado principalmente no tratamento de águas, no branqueamento
durante a produção de papel e na preparação de diversos compostos clorados,
como por exemplo o hipoclorito de sódio e hipoclorito de cálcio.
Monóxido de Carbono (CO). = É um gás inodoro,
incolor e insípido e é classificado como asfixiante, cuja ação tóxica provoca
uma deficiência de oxigênio nos tecidos orgânicos. Vamos encontrar nas
garagens, compartimentos de geradores, ou em outros locais com motores e
caldeiras que queimam carvão ou petróleo e derivados, devido à combustão
incompleta do destes combustíveis. O maior perigo dele reside provavelmente no
fato de ser “ invisível “, ao contrário do que se supõe, os gases de escapamento
de automóveis são mais tóxicos que as fumaças negras dos caminhões a óleo, pois
a combustão nos motores a gasolina produz mais monóxido de carbono que a dos
motores a diesel. O monóxido de carbono possui grande afinidade química pela
hemoglobina do sangue, em substituição ao oxigênio, o que pode causar a morte
por asfixia.
Este gás também está presente nos produtos petrolíferos, o CO surge sempre que
existe um incêndio ou outro tipo de combustão, particularmente se ela for
incompleta, o que se verifica invariavelmente quando essa combustão se
desenvolve num espaço fechado ou onde o ar tenha dificuldade em chegar.
Sulfeto de hidrogênio (H2S) = É um gás incolor, de cheiro desagradável, que devido a sua toxidez é capaz de irritar os olhos e/ou atuar no sistema nervoso e respiratório, ou seja, é extremamente venenoso podendo provocar a inconsciência e a morte de um ser humano em questão de minutos.
Ocorrências de H2S podem ser encontradas nas
jazidas de petróleo (crude oil) e gás natural, na extração de sal (cloreto de
sódio), nas águas subterrâneas, em esgotos sanitários, etc. Nos segmentos
industriais o H2S é oriundo de processos de remoção de gases ácidos, de
tratamento de efluentes, de fermentações, etc.
Muitos petróleos brutos saem dos poços com
elevados níveis de sulfeto de hidrogênio, mas este nível é geralmente reduzido
por processos de estabilização antes de o petróleo ser fornecido ao navio.
Contudo, o teor de estabilização pode ser temporariamente reduzido em certos
períodos. Nesses casos, um navio tanque pode receber petróleo bruto com um
conteúdo de sulfureto de hidrogênio superior ao habitual.
Alguns petróleos brutos nunca são
estabilizados e contêm sempre um nível elevado de sulfeto de hidrogênio. Este
produto pode também ser encontrado em outras cargas, tais como nafta, betumes e
gasoil.
Queima de produtos (cargas) provocam
gases: A carga de madeira ao queimar produz percentagem de monóxido de carbono
(O2), a borracha queimada produz dióxido de enxofre (SO2) e monóxido de carbono
(O2).
Fumos e
gases:
Os efeitos do ar quente e dos gases de
combustão podem ser mortais. No mínimo, provocam a obstrução da visão,
desorientação e perda de controlo motor e, se inalados, contribuem para a
imobilidade e falha respiratória.
Um dos problemas mais importantes é a
dificuldade em conter ou isolar os gases e os fumos produzidos por um incêndio.
Durante um incêndio, a temperatura e a pressão do ar nas imediações aumentam o
que provoca um fluxo desses gases e fumos para outros locais do navio. Por este
motivo é importante manter em boas condições operacionais as portas e todos os
sistemas de vedação de forma a impedir a propagação dos gases e fumos.
Hidrocarbonetos
aromáticos
Os hidrocarbonetos aromáticos como o benzeno,
tolueno e exileno são componentes de cargas petrolíferas tais como gasolinas,
componentes para misturas de gasolina, nafta e solventes com ponto de ebulição
especial.
A exposição aos vapores de benzeno, em
concentrações superiores ás consideradas aceitáveis conduzem a distúrbios no
sangue e na medula óssea.
São muito perigosas para as pessoas que fazem
sondagens em tanques através de sondas manuais que ficam expostas aos gases ou
mesmo quando se fizer inspeções e análise de concentrações, neste caso
recomenda-se usar máscaras protetoras.
Gás
inerte
O perigo do gás inerte é o baixo teor de
oxigênio. Contudo, o gás inerte produzido.
Pela combustão numa caldeira ou num gerador
próprio de gás inerte, contém vestígios de vários gases tóxicos, que podem
aumentar os perigos para as pessoas que a eles se expõem, é ele óxido nítrico
(NO) que reagindo com oxigênio formando o dióxido de azoto (NO2), dióxido de
enxofre (SO2) e monóxido de carbono (CO).
GASES
TÍPICOS ENCONTRADOS EM INSTALAÇÕES DE PETRÓLEO E GÁS
O setor de petróleo e gás abrange várias
atividades, desde a exploração e produção terrestre e em alto-mar de petróleo e
gás até o transporte, armazenamento e refinamento. A grande quantidade de gases
de hidrocarboneto envolvida representa um sério risco de explosão e, além disso,
gases tóxicos, como o sulfeto de hidrogênio, estão presentes com frequência. As
instalações típicas são: Equipamentos de perfuração para exploração,
Plataformas de produção, Terminais terrestres de petróleo e gás e
Refinarias.
Gases típicos
encontrados nestas instalações:
Inflamáveis: gases de
hidrocarboneto
Tóxicos: sulfeto de hidrogênio, monóxido de carbono.
GASES
TÍPICOS ENCONTRADOS EM PRAÇA DE MÁQUINAS
Uma das áreas perigosas na praça de máquinas
de navios é no compartimento de caldeiras, nos quais apresentam em todos
os formatos e tamanhos. O perigo é vazamento de gases inflamáveis da entrada
principal de gás, vazamentos de caldeira e da tubulação de gás ao redor ou que
distribui para a chaminé, ou por monóxido de carbono liberado de uma caldeira,
devido falta ou falha na manutenção.
Gases típicos
encontrados na praça de máquinas:
Inflamáveis: metano
Tóxicos: monóxido de carbono
5 - CLASSIFICAÇÃO
DOS GASES INFLAMÁVEIS
Gases Inflamáveis: são aqueles capazes de provocar reações térmicas. Gases inflamáveis em conjunto com o ar ou oxigênio na concentração correta queima ou explode na presença de uma fonte de ignição.
Reação térmica: para que ocorra é necessária a presença em simultâneo e
na correta proporção dos seguintes componentes:
Energia de Ignição: Térmica ou elétrica
Elemento Combustível: Gás, Poeira ou Vapor
Comburente: Oxigênio ou ar.
Alguns gases inflamáveis:
Acetileno, Amônia, Arsina, Gás butano, Monóxido de Carbono, Ciclo propano,
Etano, Etileno, Cloreto de etila, Hidrogênio, ISO - butano, Metano,
Cloreto de Metila, Propano, Propileno e Silano.
6 - RISCOS
DOS GASES
Além do perigo inerente ao estado físico, os
gases podem apresentar perigos adicionais, como por exemplo, a inflamabilidade,
toxicidade, poder de oxidação e corrosividade, entre outros.
Limites de Inflamabilidade (LLI) é a
concentração mínima de vapor que, misturado ao ar atmosférico, é capaz de
provocar a combustão da substância, a partir do contato com uma fonte de
ignição entrando em contado com a mistura formada por um gás ou vapor
inflamável e oxigênio.
Quando se fala em risco, temos que observar
os seguintes fatores:
a) Concentração: Quanto maior for a concentração do produto, mais rapidamente os seus efeitos nocivos se manifestarão no organismo.
b) Índice respiratório: Representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a jornada.
c) Sensibilidade individual: É o nível de resistência de cada um e varia de pessoa para pessoa.
d) Toxicidade: É o potencial tóxico da substância no organismo.
e) Tempo de exposição: É o tempo que o organismo fica exposto ao
contaminante.
Perigo em tanques vazios: os tanques a bordo
que permanecem fechados por longo tempo, são perigosos mesmo não contendo
resíduos de óleo e carga, inclusive tanques de lastro. Temos duas situações:
encontrar tanques com gases ou tanques com deficiências de
oxigênio (abaixo de 21%).
A quantidade de oxigênio no ar que respiramos
é de aproximadamente 21% em volume.
Não podemos esquecer que os riscos para
deficiência são proporcionais ao percentual de oxigênio, vejamos:
No limite de 16% = muito pouco trabalho
pode ser feito;
Quando cai para 8 a 11% = o homem perde
os sentidos, podendo morrer por falta de oxigênio no sangue.
Com 6% de oxigênio= a morte ocorre entre 6 a
8 minutos.
7 - CARGAS
QUE LIBERAM GASES:
Diversas cargas sofrendo alterações
físico-químicas liberam gases.
Existem registros ocorridos no transporte
marítimo que vários tipos de cargas principalmente de origem vegetal absolveram
oxigênio e liberaram gases tóxicos, como exemplo pode citar: linhaça, resinas,
fumo, batatas, laranjas, que devido à umidade, podem aumentar percentagens de
dióxido de carbono do ar e, em certas condições monóxido de carbono.
Outros registros informam também liberação de
gases pela fermentação de gêneros alimentícios tais como: farinha de arroz e
grãos de café. Couro também pode liberar se for salmourado. Látex é uma carga
estabilizada com amônia, logo também libera gases. O carvão é uma
substância oxidável e inflamável, absorve oxigênio, mas mesmo que a temperatura
não suba até o ponto de ignição, poderá liberar dióxido de carbono, metano e
monóxido de carbono.
Nas operações de petróleo e gás, onde a
atmosfera é formada de gases e vapores, cuidados devem fazer parte da rotina,
normas de segurança devem ser observadas, existem riscos de gases tóxicos e
explosivos.
Os efeitos fisiológicos dos vapores de
petróleo variam com a composição, concentração e tempo de exposição, pequenas
concentrações podem causar irritação nos olhos e dor de cabeça, entretanto aumentando
as concentrações a intoxicação é seguida de inconsciência podendo resultar até
na morte.
Em pocetos de tanques e porões devido à
presença de resíduos de cargas (produtos orgânicos em sua maioria) que se
encontram estado de putrefação em presença de ar podem atingir uma mistura
explosiva.
Vazamentos de gases comprimidos em ampolas,
como o acetileno e o hidrogênio, misturados com oxigênio podem gerar explosões.
Outro alerta é com os tanques onde o grau de
ferrugem é elevado, a oxidação lenta do ferro, produzem atmosferas deficiente
de oxigênio, o mesmo ocorre com tanques com pintura fresca.
Devido à variedade de cargas que são
transportadas e sempre existindo vazamentos, podem aparecer gases venenosos,
devido à emanação resultante da carga em presença com água salgada, nestes
casos os gases mais comuns encontrados são o monóxido de carbono e o ácido
sulfúrico.
Substâncias orgânicas em decomposição ou
deterioração tendem a formar gás sulfídrico, sendo mais pesado que o ar, fica
localizado em locais baixos, tem cheiro de "ovo podre".
A bordo de embarcações e em plataformas de
petróleo encontramos as seguintes atmosferas:
1) Inflamáveis e explosivos;
2) Deficiência de oxigênio
3) Gases venenosos.
Em todas estas situações é necessário antes
de autorizar a entrada nos compartimentos um teste de sua atmosfera deve ser
feita no local, bem como é necessário o uso de máscara de ar comprimido.
São recomendados exautores ou insufladores
para a ventilação em espaços confinados, para reduzir a concentração
de substâncias tóxicas e/ou perigosas presentes na atmosfera.
7 - MEDIDAS
PREVENTIVAS
A) Evitar a manipulação de gases em recintos
fechados;
B) Ventilar adequadamente o ambiente;
C) Não fazer qualquer tipo de medição de gás
sozinho;
D) Quando houver evidências ou suspeitas de
vazamentos de gases ou insuficiência de oxigênio, fazer testes periódicos da
atmosfera;
E) Conhecer as características do produto,
sintomas provocados e cuidados necessários à sua manipulação;
F) Dispor de EPI - máscara com válvula e
cilindro de ar comprimido;
G) Antes de entrar em contato com atmosferas
sujeita, ou possuidoras de gases, procure conhecer os gases, leia as fichas
químicas desses gases.
7.1 - Análises
de atmosferas
Uma análise de atmosfera é a medida de
segurança a ser tomada, e para ter sucesso temos que seguir alguns
procedimentos, vejamos:
1º) Medição da concentração de O2 -
20,8 a 21% em volume
2º). Medição da explosividade.
3º) Detecção da toxicidade do ambiente.
Observação importante: Em espaços
potencialmente tóxicos só deverá ser feita a entrada usando equipamentos
respiratórios adequados.
8
- FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO
QUÍMICO
(FISPQ), denominada "FICHA COM DADOS DE SEGURANÇA" é
um documento técnico que todo produto químico comercializado deve possuir,
normatizado pela ABNT com o nº NBR-14725, tem amparo no Decreto 2.667/98, que
promulga a Convenção nº 170 da OIT.
Deve constar nesta ficha todas as informações
sobre a substância ou mistura quanto à proteção, à segurança, à saúde e ao meio
ambiente, constando todas as medidas de proteção e ações em caso de emergência.
Todo container contendo produto químico, ao
ser transportado e dado entrada em terminais portuários, armazéns, etc. deve
estar acompanhado desta ficha, pois trata acima de tudo um instrumento de
comunicação e alerta deste produto.
Entre estas informações podemos
destacar:
- Nº ONU - número que
identifica o produto, com base no “Internacional Maritime Dangerous
Goods Code”, publicada pela IMCO - Intergovernamental Maritime Consultive
Organization, Londres, 1972 (Portaria 204 do Ministério dos Transportes, de 20
de maio de 1997).
a) Identificação do produto
- Nome do produto: a denominação do
produto teve como base o nome usual.
- Rótulo de risco: é um losango que
apresenta símbolos e/ou expressões emolduradas referentes à classe do produto
perigoso.
- Número de risco: os números que
indicam o tipo e a intensidade do risco, são formados por dois ou três
algarismos.
- Classe/Subclasse: a classificação
adotada para os produtos considerados perigosos, feita com base no tipo de
risco que apresentam e conforme recomendações para o Transporte de Produtos
Perigosos das Nações Unidas, sétima edição revisada, 1991,
- Sinônimos: são listados os nomes
alternativos da sistemática química e os nomes usuais do produto permitindo sua
identificação correta.
- Aparência: descrevem as
características observáveis do produto, como estado físico, cor, odor, dados de
miscibilidade com a água e se o produto gera gás venenoso, possibilitando
informações iniciais para identificar o produto e tomar as primeiras medidas de
segurança em relação ao mesmo.
- Fórmula molecular: indica a quantidade
de átomos de cada elemento que compõe a molécula.
- Família química: agrupa os produtos
segundo comportamentos químicos semelhantes.
- Fabricantes: para informações
atualizadas recomenda-se a consulta às seguintes instituições ou referências.
b)
Medidas de segurança
c) Riscos ao fogo;
d) Propriedades físico-químicas;
e) Informações eco toxicológicas;
f) Dados gerais.
Observação: Para acesso a ficha
dos produtos pode acessar o site da CETESB
9 - MEDIDORES
DE GASES
Vejamos alguns exemplos de equipamentos de
segurança utilizados para medição de atmosferas:
9.1 - EXPLOSÍMETROS
ELÉTRICOS:
Explosímetros são concebidos como
detector ou indicador de gases combustíveis, em vez de instrumento de medição
de atmosferas que contem gases.
Eles são capazes de detectar todas as
misturas de ar ou oxigênio e gases combustíveis ou vapores provenientes de
óleos combustíveis, gasolina, álcool, acetona, querosene, hidrogênio,
acetileno, etc.
Estes equipamentos possuem grande
sensibilidade para indicar a presença de concentrações de vapores e gases no limite
mínimo de risco de explosão, por isso o termo "explosímetro", pois
atua em detectar gases como o metano que em determinadas concentrações se torna
explosivo.
São equipamentos eletrônicos que indicam
concentração de um ou mais gases num ambiente, são utilizados para detectar e
localizar fugas de gás combustível que ocorra em um local qualquer.
Temos diversos tipos de explosímetros,
podem ser: Portáteis, de Mochila, de Bolso, de Parede com alarme sonoro e de
Controle remoto opcional.
O explosímetro tem que ser um equipamento que
garanta que não irá provocar ignição da atmosfera em que será utilizado, por
isso alguns testes é feitos antes do seu uso. Abaixo temos um modelo que
é muito conhecido e usado a bordo dos navios.
9.1.1 - PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO EXPLOSÍMETRO
O explosímetro por ser um dispositivo que é
usado para medir a quantidade de gases combustível presentes numa amostra, a
sua principal ação é determinar quando uma percentagem do LIMITE
INFERIOR DE EXPLOSIVIDADE (LIE) de uma atmosfera é excedida, e em
contrapartida acionará um sinal de alarme no instrumento.
Um dos mais comuns aparelhos é o com bulbo de
aspiração e mangueira, vejamos sua descrição:
A caixa ou invólucro deste instrumento é
feita de metal e é a prova d'água e poeira. Na sua face superior existe um
painel com um botão de controle de reostato e um galvanômetro; nos lados
existem conexões para a mangueira e o bulbo de aspiração conectado ao lado
oposto da entrada da amostra. No interior do aparelho existe um filamento de
platina que é aquecido pela corrente proveniente de seis pilhas comuns quando a
unidade é ligada. Uma amostra da atmosfera a ser testada é forçada a entrar em
contato com o filamento. A unidade possui um retentor (supressor de refluxo) de
chama para evitar retrocesso (inflamar) se a amostra contiver uma mistura
explosiva. Possui um único botão de controle e um medidor iluminado onde
se lê de 0 a 100% do (LIE);
Pode ser utilizado no meio ambiente ou
através de linha de amostragem, extraindo amostras de áreas remotas (poços,
tanques, etc.).
O instrumento funciona pela ação catalítica
de um filamento de platina em contato com a amostra de gás ou vapor
combustível. O filamento é aquecido à temperatura de operação através de
corrente elétrica. Quando o gás de amostra entra em contato com o filamento
aquecido, a combustão aumenta a temperatura na proporção de quantidade de
combustível na amostra. Um circuito ponte de Wheatstone, incorporando o
filamento em um de seus braços, mede a variação da resistência elétrica,
ocorrida devido ao aumento de temperatura, que é proporcional a concentração de
gás presente na amostra. Um circuito ponte de Wheatstone, incorporando o
filamento em um de seus braços, mede a variação da resistência elétrica,
ocorrida devido ao aumento de temperatura, que é proporcional a concentração de
gás presente na amostra. A amostra é aspirada pelo bulbo aspirador, passando
através do filtro, do retentor de chama, entrando em contato com o filamento na
câmara de combustão, saindo por outro retentor de chama e deixando o
instrumento pelo bulbo. Quando não mais que 1,5 metros de linha de amostragem
são usados, as leituras são obtidas na segunda atuação do bulbo. Concentrações
de até 100% do LIE são medidas diretamente no medidor. Concentrações na faixa explosiva
são indicadas pela deflexão total do ponteiro do medidor. Utilizando um tubo de
diluição, concentrações acima do LIE são diluídas com ar em proporções
selecionadas de maneira que a medida fique dentro da escala do instrumento;
podendo facilmente calcular a concentração real. Nota: O operador do
instrumento deverá estar familiarizado com todas as informações contidas no
manual de instruções.
9.1.2 - OPERAÇÃO
DO EXPLOSÍMETRO
1º) Suspender a trava do botão do reostato e
girá-lo de modo que o galvanômetro indique "zero".
2º) Apertar o bulbo de aspiração várias vezes
numa atmosfera limpa de modo a limpar o instrumento de amostras anteriores.
3º) Um homem protegido com máscara leva a
mangueira de aspiração ao compartimento a ser testado.
4º) O operador do explosímetro aperta o bulbo
de aspiração várias vezes de modo a colher uma amostra da atmosfera, no
interior da unidade. Obs. Quanto maior a mangueira, mais vezes deverá ser
acionado o bulbo de aspiração.
5º) Se o galvanômetro indicar acima de 50% na
zona vermelha do amostrador, a atmosfera é explosiva.
9.1.3 - PRECAUÇÃO
DE UTILIZAÇÃO
Esses instrumentos não são sensíveis o
suficiente para medir com precisão as pequenas concentrações de gases
inflamáveis que podem ter apreciável efeito tóxico quando respirados por um
longo período de tempo (8 horas). Eles tampouco acusam atmosferas deficientes
de oxigênio, ou gases tóxicos não inflamáveis.
9.1.4 - PRECAUÇÕES
DE SEGURANÇA
1º) Entrar no compartimento somente usando
mascara contra gases.
2º) O usuário deve saber interpretar as
indicações do equipamento, que são particularidades para cada tipo e
fabricante.
3º) Durante a leitura o equipamento deve ser
movimentado lentamente, fazendo observações em todos os níveis do
compartimento.
4º) Quando o explosímetro indicar uma
percentagem de mistura combustível classificada como perigosa ou explosiva, de
acordo com os tipos de equipamento em uso, tomar as seguintes providências:
a) fazer uma completa ventilação do
compartimento;
b) caso a ventilação adequada não possa ser
realizada, deve-se isolar o compartimento e tomar todas as medidas de
precauções para evitar centelhas de fontes elétricas ou mecânicas, todos os
motores devem ficar parados.
c) usar os equipamentos de proteção (máscara
contra gases) contra asfixia, caso haja necessidade de entrar em tal
compartimento.
9.1.5 - MANUTENÇÃO
DO EXPLOSÍMETRO
Mensalmente deve:
1º) Verificar o estado das baterias;
2º) Verificar os filamentos, que são
substituíveis (caso sejam substituíveis);
3º) Não retirar as placas de contato;
4º) Antes de utilizar o aparelho, cumpra a
rotina determinada para cada tipo ou marca de equipamento.
9.2 - MEDIDORES
DE CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO
Existem no mercado diversos equipamentos das
mais variadas formas, com mostrador de cristal, digitais, com alarme sonoro,
vibratório, e iluminação, que facilitam a leitura em ambientes com pouca
iluminação.
Normalmente estes medidores têm um sensor de
oxigênio do tipo eletroquímico, sendo o seu circuito baseado em
microprocessador. Normalmente são utilizadas baterias recarregáveis.
O princípio de funcionamento é que quando a
carga do oxigênio é baixa ou muito alta dispara um alarme.
Recomenda-se que qualquer espaço confinado
(local que possui entradas e saídas com aberturas limitadas, possuem pouca ou nenhuma
ventilação natural, costumam ter um nível de oxigênio baixo ou até mesmo não
ter oxigênio, sendo muito comum também a presença de produtos tóxicos) deve ser
feitas medições antes do acesso.
Estes medidores de concentração de oxigênio
são normalmente utilizados para determinar se a atmosfera dentro de um tanque
de carga pode ser considerada completamente inerte ou segura para a respiração
humana.
Além dos sensores eletroquímicos para a
medição do teor de oxigênio temos:
a) Sensores paramagnéticos
b) Líquidos químicos de absorção seletiva
9.2.1. Sensores paramagnéticos
O oxigênio é paramagnético, enquanto que
muitos dos outros gases mais comuns não têm esta propriedade que permite a
detecção de oxigênio, numa grande variedade de misturas gasosas.
Um analisador de oxigênio do tipo
paramagnético correntemente utilizado possui uma célula de teste na qual é
suspenso um corpo leve no seio de um campo magnético. Quando uma amostra de gás
atravessa a célula, o corpo suspenso fica sujeito a um binário proporcional à
permeabilidade magnética do gás.
A corrente elétrica que atravessa uma
bobina, que envolve o corpo suspenso, cria um binário igual e de sentido oposto
ao anterior, sendo esta corrente de equilíbrio, uma medida da força magnética e,
portanto uma medida da permeabilidade magnética da amostra de gás, que por sua
vez está relacionada com o seu teor de oxigênio.
Antes de ser utilizado, o analisador deve ser
calibrado com azoto ou dióxido de carbono, para acerto do ponto zero e com ar a
21% de oxigênio.
9.2.2 - Líquidos químicos de absorção
seletiva
Neste tipo de analisador, um determinado
volume de amostra de gás é colocado em contato com líquido absorvente de
oxigênio, causando uma variação de volume do líquido. A relação existente entre
o volume final e o volume original corresponde ao teor de oxigênio existente na
amostra de gás.
Não se recomenda a utilização deste tipo de
analisador para verificar as condições da atmosfera do volume livre acima de um
compartimento carregado, devido ao efeito das elevadas concentrações de gases
de hidrocarbonetos sobre os reagentes.
9.3 - MEDIDORES
MULTI-GASES
Normalmente estes equipamentos vêm
acompanhados de bomba e uma mangueira de extensão, sendo que a mangueira é
colocada dentro do espaço confinado. Estes equipamentos utilizam diversos tipos
de sensores, por exemplo, quando vão ser feitas medições de substâncias
combustíveis, vamos ter o controle pela percentagem por volume ou limite
inferior de explosividade (LIE), neste caso seriam sensores
"catalíticos" ou sensores "infravermelhos".
O sensor catalítico trabalha com o princípio de oxidação catalítica,
e registra oxigênio acima de determinado % volume, inviabilizando (dão erros)
valores abaixo do estabelecido pelo equipamento. O sensor
infravermelho trabalha com medição térmica de condutividade, apresentando
uma medição em percentagem por volume. Ele não pode medir hidrogênio, funciona
como os princípios de absorção de luz.
Detectores de foto ionização: quando há a
necessidade de medição em "PPM" em vez de gama dos LIE, normalmente
utilizados para medições de compostos voláteis orgânicos.
Segundo seus fabricantes estes equipamentos
não precisam de calibração prévia, já vem de fábrica. Existem
também sensores eletroquímicos para aplicações especiais como por exemplo
na avaliação de amoníaco, gases nitrosos, dióxido de enxofre, cloro, etc.
9.4 - TUBOS
INDICADORES QUÍMICOS
Os tubos indicadores químicos ou tubos
colorimétricos são constituídos por tubos contendo um reagente patenteado que
reage com um gás específico produzindo uma indicação visível da concentração do
gás.
Os tubos são adaptados a uma bomba que aspira
a mistura de gases a medir através dos tubos.
A reação provoca uma alteração da cor ao
longo do tubo e o comprimento da descoloração é uma medida da concentração do
gás e lida na escala do próprio tubo.
Apesar das limitações deste tipo de aparelho,
a sua simplicidade e o princípio de funcionamento fazem com que seja o mais
indicado para a medição de baixas concentrações de gases. Tendo em conta que a
quantidade de ar aspirado é determinante para o rigor da medição, o aparelho
possui um contador de bombadas para permitir controlar a quantidade adequada de
ar aspirado a cada tipo de tubo.
9.5 - LÂMPADAS
DE SEGURANÇA
Ainda encontramos este tipo de equipamento a
bordo de navios, diversas são as lâmpadas empregadas para análise de oxigênio
em compartimentos, todas elas baseadas em que uma chama não atravessa uma tela
de metal fino. Na sua base possui um reservatório de benzina e um pavio,
junto a este existe um isqueiro comandando do exterior, permitindo que ela seja
acesa sem desmontagem.
10 - ONDE
VAMOS ENCONTRAR GASES (OS PERIGOS):
As misturas de contaminantes perigosos são
muito comuns. Dentro de um mesmo ambiente podem-se encontrar, ao mesmo tempo,
riscos respiratórios, explosões, incêndios etc. Portanto, as atmosferas ali
encontradas podem ser inflamáveis, tóxicas ou asfixiantes.
Entre os contaminantes perigosos
existentes no ar incluem-se
os seguintes:
• Gases Combustíveis, como o gás
liquefeito de petróleo, gás natural, acetileno etc.;
• Vapores de combustíveis e solventes
líquidos: nafta, gasolina, querosene e outros hidrocarbonetos;
• Gases provenientes da fermentação de
material orgânico: metano, dióxido de carbono, hidrogênio, gás sulfídrico;
• Gases de combustão: dióxido de carbono
e o monóxido de carbono liberados pelos escapamentos dos veículos automotores;
• Gases e substâncias voláteis
existentes nos sistemas de drenagem industrial;
• Gases decorrentes de incêndios e
explosões;
Os gases podem estar presentes em
diversas situações,
vejamos:
a) Grandes concentrações nas emissões de
incêndios,
b) Motores a explosão mal regulados.
c) Indústria siderúrgica
d) Queimadores de gás sujos ou defeituosos.
e) Motores de veículos.
f) Fornos.
g) Motores de combustão a gás.
h) Aquecedores de água residenciais.
i) Caldeiras
j) Fogões e fornos à lenha.
k) Incineradores.
l) Fogueiras
m) Tabaco (fumantes)
n) Cloreto de metileno - Solvente de
tintas que, se ingerido ou inalado, é metabolizado em monóxido de carbono,
provocando intoxicação
11 - CONCLUSÃO:
UM CONSELHO: "PERCA O
SEU EMPREGO, MAS NÃO PERCA A SUA VIDA".
Nunca o trabalhador do mar deve se comportar
como "afoito" ou "querendo agradar seus superiores", NÃO
deve entrar em um compartimento sem segurança, não pode esquecer que quando o
trabalho é no mar, seja na indústria do petróleo e gás, ou a bordo de
embarcações, sempre estaremos lidando com gases, logo em nome e em benefício da
segurança humana todos os espaços confinados devem ser considerados como
potencialmente perigosos, a não ser que haja comprovação da eliminação dos
riscos decorrentes da adoção de medidas técnicas.
Quando se realizam trabalhos em espaços
confinados, devemos estar conscientizado e relembrando sempre que as
concentrações de substâncias perigosas pode-se alterar durante o trabalho, que
pode ocorrer por fugas de gases contaminantes ou se for caso de limpeza em
substâncias orgânicas, pela própria manipulação do processo de limpeza e
remoção de substâncias.
A monitoração de gases deve ser uma rotina
diária dos trabalhadores em ambientes cujas atmosferas são evidenciadas com
gases.
Sempre que houver dúvida não deixe de
consultar o IMDG Code, e as Fichas de Informações de Segurança de Produtos
Químicos sobre os tipos de gases.
Há equipamentos conhecidos como máscaras
contra gases que, por meio de um filtro, normalmente de carvão, possibilita ao
homem respirar em atmosferas contaminadas, separando e retendo estes gases
irritantes e tóxicos, bem como existem máscaras acopladas a cilindros de ar
comprimido que possibilitam uma aspiração de atmosfera pura. Existem os
tambores geradores de oxigênio, que são equipamentos apropriados para entrar em
atmosferas tóxicas.
Nunca podemos esquecer que qualquer
equipamento ou instrumento não é perfeito, existem riscos de falhas, sempre vão
ter suas restrições, precauções, cuidados, etc., logo ao ter que utilizar um
explosímetro, ou um analisador de atmosfera, sempre leia suas instruções,
procura estar sempre e consciente das medidas a serem tomadas em caso de alguma
falha.
Nunca esqueça que o GÁS requer sempre que
todas as precauções deverão ser tomadas, como prevenção de acidente.
12 - BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS & TRABALHOS
TÉCNICOS
APOSTILA DE RISCOS DE TOXICIDADE E DE EXPLOSIVIDADE,
João A. Munhoz
ÁREAS E PERIGOS DO GÁS, site https://www.honeywellanalytics.com/
CONTOLE DE AVARIAS E COMBATE A INCÊNDIO,
Ministério da Marinha, Diretoria de Portos e Costas, Ensino Profissional
Marítimo.
EMERGÊNCIAS QUÍMICAS, CETESB, http://www.cetesb.sp.gov.br
ESPAÇO CONFINADO, Químico Industrial
João Antônio Munhoz.
FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTO
QUÍMICO - FISPQ, PRODUTO GLP, Petrobras.
FICHAS DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO
QUÍMICO (FISPQ) site http://hiq.linde-as.com.br/.
GASES PERIGOSOS NOS ESPAÇOS CONFINADOS,
Edição 29 - 2010, Grupo Racco, http://gruporacco.com.br/.
GASES TÓXICOS, Secretaria de Educação do
Estado do Paraná, site http://www.quimica.seed.pr.gov.br/
IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS
PERIGOSOS: CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS DA ONU, PAINEL DE SEGURANÇA E RÓTULO DE
RISCOS, Edson Haddad, Ricardo Serpa e Rodolfo Arias
INTRODUCTION TO GAS DETECTION SYSTEMS, Drager
Technology for Life.
MANUAL DE PRODUTOS
QUÍMICOS, CETESB, http://www. cesteb. sp.gov.br
M417 – NAVIOS-TANQUE I ANÁLISE E DETECÇÃO DE
GASES, Escola Náutica Infante D. Henrique - Departamento de Máquinas
Marítimas, Prof. João Emílio do Carmo Silva
NORMA REGULAMENTADORA SOBRE SEGURANÇA E SAÚDE
EM PLATAFORMA DE PETRÉLEO, Portaria
SIT n.º 382, de 21 de maio de 2013, prorrogada pela Portaria
SIT n.º 390, de 18 de julho de 2013, para coleta de sugestões da sociedade,
em conformidade com a Portaria
MTE n.º 1.127, de 02 de outubro de 2003, Ministério do Trabalho e Emprego,
Secretaria de Inspeção do Trabalho, Departamento de Segurança e Saúde no
Trabalho.
Preciso de uma ponte de wheatstone urgente em Belo Horizonte. Obrigada, era o que eu procurava
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