H2S – SULFETO DE
HIDROGÊNIO
PERIGO NA EXPLORAÇÃO DE
PETRÓLEO
INTRODUÇÃO
Este despretensioso trabalho além
de facilitar aos que não dominam o idioma inglês, pois trata de um tema de
grande importância, que circula em sua maioria escrito na língua inglesa, por
conseguinte tem como objetivo principal conscientizar a sociedade,
principalmente os trabalhadores que vão atuar ou atuam na Indústria de
Petróleo, bem como servir de mais um alerta aos Órgãos Governamentais de Defesa
da Vida Humana no Mar, no sentido de conhecer os efeitos danosos do sulfeto de
hidrogênio, e, portanto ficarem atentos às providências necessárias de
esclarecimento, salvamento, evacuação e remoção das pessoas acidentadas (contaminadas,
com lesões ou que tiverem óbitos) da área offshore. O gás é frequentemente
encontrado durante a exploração e produção de hidrocarbonetos (exploração de
petróleo e gás natural).
O H2S é um gás volátil, tóxico,
inflamável e corrosivo, e a sua principal via de penetração no ser humano, é a
respiratória.
O Gás Sulfeto de Hidrogênio ou
Hidrogênio sulfurado é um gás incolor, de cheiro desagradável (ovo podre), mais
denso que o ar, e é um forte irritante do sistema respiratório superior e
inferior, o qual devido a sua toxidez pode irritar os olhos e atuar no sistema
nervoso e respiratório podendo levar a óbito (MORTE), em questões de minutos
dependendo da sua concentração e duração de exposição, e ou podendo causar
lesões irreparáveis nos seres humanos e no meio ambiente. Adiante veremos uma
tabela autoexplicativa dessa relação tão importante para o conhecimento de
todos.
ÁREAS DE RISCOS
Segundo especialistas, literaturas
e a mídia nos informam que vazamentos de gases do H2S podem ocorrer, e serem
encontradas nas seguintes fontes:
Naturais:
São encontrados nas jazidas de
petróleo e gás natural, na extração de sal (cloreto de sódio), nas águas
subterrâneas, zonas pantanosas, jazidas de sal, de carvão, de minérios
sulfetados e na emissão de vulcões, etc., ou seja, é originário de processos
geológicos baseados em diversos mecanismos físico-químicos ou microbiológicos.
Industriais:
São encontrados nos processos de
remoção de gases ácidos, de tratamento de efluentes (esgoto), de fermentações,
etc., bem como pode ocorrer por decomposição de substâncias em ambientes
contaminados por bactérias.
Este trabalho está voltado para
as fontes naturais, da exploração de petróleo e gás natural.
EFEITOS DO H2S
Saúde (efeitos
fisiológicos)
Gás sulfeto de hidrogênio provoca
uma grande variedade de efeitos para a saúde. Os trabalhadores na exploração de
petróleo estão expostos através da respiração dele. Os efeitos dependem da
quantidade de sulfeto de hidrogênio que você respira e por quanto tempo. Como
informado acima a exposição a concentrações muito elevadas podem levar
rapidamente à morte.
Ao ser inalado e atingindo a
corrente sanguínea, ele se distribui por todo o organismo, produzindo consequências
da intoxicação. No sistema nervoso central, ocorre a excitação seguida de
depressão, fraqueza, dor de cabeça, náuseas e vômito, chegando até às
convulsões e à morte. Se a vítima for molhada poderá sofrer queimadura pelo
frio.
É um gás muito tóxico, no qual em
grandes quantidades como num vazamento ou “blowout”
(fluxo descontrolado de hidrocarbonetos), poderá bloquear o sentido do
olfato, iniciando com irritações nos olhos, nariz, garganta e pulmões, podendo
interromper o centro respiratório no cérebro, por isso levando à morte.
Pesquisas informam que pode
ocorrer que em algumas pessoas que respiraram níveis altos do gás de sulfeto de
hidrogênio após ficarem inconsciente e ao acordar apresentaram: dores de cabeça,
falta de atenção, memória fraca e função motora comprometida, inclusive já
foram relatados problemas com o sistema cardiovascular, sendo que as pessoas
que têm asma pode ser mais sensível à exposição sulfeto de hidrogênio podem ter
dificuldade para respirar em níveis mais baixos do que as pessoas sem asma.
Os primeiros socorros devem ser
aplicados o mais rápido possível, a vítima deve ser é imediatamente resgatada e
reanimada.
Para entendermos esta relação
TEMPO X EXPOSIÇÃO, vamos utilizar a tabela abaixo do brilhante trabalho O
SULFETO DE HIDROGÊNIO (H2S) E O MEIO AMBIENTE dos autores Fernando B. Mainier,
Universidade Federal Fluminense, e Eliana Delaidi Monteiro Viola
INMETRO/LATEC(UFF):
Com base na tabela acima o que
verificamos que se ocorrer a inalação em concentrações inferiores a cerca de 50
partes por milhão (ppm), o gás vai atuar na membrana mucosa do trato
respiratório causando irritação o que leva aos sintomas mais comuns de tosse,
falta de ar e irritação dos olhos e garganta. Em concentrações superiores a 50 ppm, já compromete o sistema respiratório.
Acima de 100 ppm o gás paralisa o nervo olfativo, e perde o sentido do olfato e
os sintomas por ser rapidamente absorvido pelos pulmões e transferido para a
circulação sanguínea, onde comprometida a absorção de oxigénio, com o sistema
nervoso e tecidos cardíacos por serem vulneráveis à privação de oxigênio, ocorrerá
sintomas como dores de cabeça, desorientação, cianose (coloração azul da pele e
das mucosas devida à oxigenação insuficiente do sangue), edema pulmonar,
hemorragia pulmonar e arritmia cardíaca. Com a exposição entre 700 ppm a 1000
ppm, de H2S é asfixiante e atua rapidamente causando uma rápida perda de
consciência, seguido por morte.
Níveis de Exposição
Ocupacional controlada
Existem estudos e recomendações
que falam em nível de exposição permissível para turnos de 8 horas com
exposições até certo limite, não concordo, pois existem riscos que devem ser
apreciados sobre cada tipo de organismo / fisiologia individual (nem todo ser
humano tem as mesmas condições fisiológicas), condições atmosféricas (condições
do vento variadas), contaminações (molhadura da roupa de trabalho), já possuir
algum tipo de doença (asma), ser fumante, a duração e a frequência da exposição
(pode ocorrer em diversas situações) enfim são fatores que para mim devem ser
levados em conta e não são suscetíveis de metodologia, e do meu ponto de vista
é que qualquer que seja a exposição o trabalhador corre o risco de perder a sua
vida. Não podemos e não devemos fazer análise multivariada de dados quando
temos pela frente vidas humanas esse é o meu ponto de vista.
Segurança
O gás é classificado como grau 4
(extremo), ou seja, alta inflamabilidade, e sua temperatura de autoignição é de
260°C, enquanto o limite de baixa explosividade é da ordem de 4,3% no ar (em
volume).
Quanto aos perigos de segurança alguns
trabalhos técnicos nos informam que o gás Sulfeto de hidrogênio é altamente
inflamável, e é um gás explosivo, e pode causar possíveis situações de risco de
vida se não for devidamente monitorado e combatido em tempo hábil. Além disso,
a queima do H2S produz outros vapores e gases tóxicos, tais como dióxido de
enxofre que é perigoso, tóxico, de cheiro
forte e irritante. Sendo reativo quando misturado com ácido nítrico
concentrado ou outros fortes oxidantes como o ácido sulfúrico. Os gases entram
em combustão espontânea quando misturados com vapores de cloro, difluoreto de
oxigênio ou trifluoreto de nitrogênio.
Caso tenha sua roupa ficada
molhada, pode provocar queimaduras, evite fontes de ignição, retire a roupa e
isola em uma área segura para permitir que o gás se evapore.
Ocorrendo o chamado efeito knockdown
(inconsciência rápida) muitas vezes pode levar o trabalhador a quedas resultando
graves ferimentos. No caso de um acidente desse nível não hesite de
resgatar a vítima levando-a para um ambiente isento do gás, evite a prestação
de socorro no local contaminado. Como
o H2S é mais pesado que o ar, ele pode se estabelecer em ambientes
confinados. Isso pode representar riscos ao entrar nas áreas
onde o gás pode estiver presente.
Não esqueça o H2S queima
e explode facilmente.
Modernamente existem no mercado
detectores eletrônicos, onde exibe na tela o nível do gás, excedendo o limite
definido soa um alarme, acendendo uma luz ou vibrando o equipamento.
Tubos detectores de gás podem ser
utilizados em algumas situações, utilizando uma bomba manual tipo fole, que aspirando
ao gás exibirá a coloração que informa o percentual.
Atenção
Existe uma praxe dos
trabalhadores tentarem verificar algum vazamento pelo odor do gás, no caso do
H2S não é parâmetro seguro para se avaliar concentrações perigosas, pois ocorre
fadiga olfatória em cerca de 2 a 15 minutos em concentrações acima de 100 ppm
(como tabela acima), isto é, o odor deixa de ser percebido.
Portanto o H2S possui grau alto
de inflamabilidade, reage com metais, com óxidos metálicos e agentes oxidantes,
o que pode levar combustão violenta, emitindo vapores tóxicos de enxofre se
aquecido.
Meio Ambiente
O H2S por ser solúvel em água e
óleo, como no caso do petróleo, se aquecidos, despressurizados ou agitados são
liberados ao meio ambiente, causando impactos como ocorrências de corrosão de
materiais e metais tais como cobre, concreto, latão, bronze, níquel e prata;
danos sobre equipamentos elétricos, além da corrosão de pórticos metálicos de
sustentação de bombas, escadas metálicas de acesso aos compartimentos e andares,
tampões de poços de inspeção, tubulações forjadas etc. Ocorre que o H2S na presença de humidade,
forma ácidos sulfurosos e sulfúrico, que são corrosivos para os metais e até
mesmo causar fraturas e rachaduras.
O efeito do gás sobre a vegetação
provoca o chamuscamento das folhas dos vegetais, e ele, ao combinar-se com as
águas das chuvas dá origem ao ácido sulfúrico, que, por sua vez, provoca a
necrose nas partes superiores das vegetações (folhas).
Para o ecossistema marinho se o
H2S, que é tóxico, e se ficar ocorrendo vazamento abaixo da superfície do mar,
ficando borbulhando e poderá causar mortes em massa de animais e plantas
marinhas.
Identificação do Gás
segundo Normas da IMO
Grave os “lables” (etiquetas) que simbolizam o H2S como
sendo TÓXICO (IMO 2.3) e INFLAMÁVEL (IMO 2.1), identifique o
produto conteúdo e instruções técnicas no IMDGC Code consultando UN 1053. (veja
tabela abaixo)
Vejamos as propriedades físico-químicas do sulfeto de hidrogênio
segundo Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico da empresa AGA.
Estado físico: Gasoso
Cor: Incolor Odor: Característico de ovos podres
pH: Não aplicável
Temperaturas específicas ou faixas de temperatura nas quais ocorrem
mudanças de estado físico:
- Ponto de ebulição: -60º C
- Ponto de congelamento: -82,8º C
Temperatura de auto-ignição: 290º C
Ponto de fulgor: Não determinado
Limite de explosividade: LEI 4% LES 44%
Densidade: 1,46 kg/m3 a 21º C e 1 atm
Densidade do gás no ponto de ebulição: 915 kg/m3
Pressão de vapor: 1840 kPa (21º C e 1 atm)
Solubilidade: Solúvel em água
Grau de risco:
Para a saúde = extremo
Inflamabilidade = extremo
Reatividade = mínimo
Resposta de
Emergência e Primeiros Socorros
Como vimos acima a toxidade do
H2S, e o tempo de contaminação do ser humano é muito rápido, por isso é
importante tomar medidas de emergências antecipadas e planejadas, logo medidas
preventivas devem ser colocadas em prática diariamente através de plano de
contingência e procedimentos especiais de treinamento, de forma que se tenha
uma pronta resposta, com pessoal treinado e portando equipamentos próprios.
Uma situação de “blowout” em alto mar com sulfeto de
hidrogênio (H2S) exige procedimentos especiais e pessoais altamente treinados
para controlar de forma rápida e segura.
O grande risco nesta situação onde
nuvens de gases tóxicos vão ser proliferar e acumular em áreas baixas (se não
for disperso pelo vento), por ser o gás mais pesado que o ar, aumentando o
risco, ou seja, forma uma concentração com potencial perigo, o H2S sendo
incolor e extremamente tóxico, e é inflamável em concentrações de 4-45% em vol.
Ele queima com uma chama azul, produzindo dióxido de enxofre (SO2), que também
é um gás tóxico. Existe a possibilidade da nuvem se espalhar pelo vento,
atingindo outras unidades de petróleo nas proximidades.
H2S é altamente corrosivo para
certos metais (especialmente contatos elétricos).
É venenoso o H2S por paralisar os
centros nervosos que controlam a respiração.
Quatro fatores afetam a reação de
um indivíduo a exposição H2S: duração da exposição, frequência de
exposição, a concentração de H2S, e fisiologia individual.
Os planos de intervenção e
procedimentos devem ter em conta as propriedades de H2S.
ATENÇÃO: Em baixas
concentrações, H2S tem cheiro de ovos podres. Porque H2S enfraquece rapidamente
o sentido do olfato, não se deve depender de cheiro sozinho para detectar H2S. Uso de monitor deve ser permanente, que pode
ser um equipamento portátil e pessoal.
Plano de Contingência
Neste plano de contingência os elaboradores não devem deixar
de observar, entre outros:
a) Resposta
rápida para a fuga do local do vazamento (derramamento) para áreas protegidas,
até a conclusão da limpeza por pessoal treinado, onde deverá ser bem ventilado;
b) Utilização
de chuveiro de segurança para lavagem do corpo prontamente disponível na área
imediata ao local de trabalho;
c) Monitoramento
e detecção contínua para todos os tipos de gases possíveis de serem encontrados
na perfuração de petróleo, e alarme indicadores de presença em perfeito
funcionamento;
d) EPIs
aprovados, adequados e prontos a serem utilizados, ou seja, equipamentos de
proteção respiratória (máscaras faciais de filtragem de gás com cartuchos
apropriados para cada tipo de gás, equipamentos autônomos com cilindros de ar
comprimido com carga suficiente e cilindros de reserva, alarme pessoal de
pessoa imóvel ou em perigo, medidores de gases multifuncionais, roupa de
proteção química à prova de gás, vestimenta de proteção contra produtos químicos
de uso limitado nas operações com substâncias perigosas nos seus estados gasoso
e líquido, respirador de fuga, equipamento de escape para espaço confinado,
etc,)
e) Primeiros
socorros e assistência médica imediata por profissional capacitado, e remoção disponível
para as vítimas para atendimento hospitalar; com ressuscitador, desfibrilador
cardíaco e oxigenoterapia hiperbárica disponível; avaliação de profissional
observando as vias aéreas (oxigenação adequada nos pulmões), respiração,
circulação e pulso (pressão arterial); pessoal treinado para garantir
mobilização com colar cervical e emprego de maca para ser conduzido por
helicóptero e priorizando atendimento em cada caso de atendimento à vitima com
suspeita de comprometimento respiratório e cardiovascular, com monitoramento
contínuo até chegada em hospital;
f) Medicamentos
disponíveis para atendimento de primeiros socorros entre eles broncodilatadores
ou vasoconstritores, inclusive para queimadura térmica e irritação nos olhos,
entre outros;
g) Atendimento
imediato de socorro em espaços confinados, com pessoal treinado para resgate;
h) Embarcações
de salvamento (embarcações de offshore que dão suporte na área) prontas para
intervir e ou mesmo as próprias (baleeiras) prontas para evacuação ou abandono
da unidade petrolífera.
i)
Que o pessoal esteja apto a cumprir instruções
de combate a incêndio com extrema cautela e de forma segura: evacuar a área do
vazamento conduzindo os trabalhadores para local protegido, aproximar do fogo a
barlavento (a favor do vento) mantendo a condição predominante do vento, parar
a produção cortando o fluxo de gás, pulverizando com água as fontes de ignição
(materiais aquecidos / expostos a calor) nos locais fins evitar explosão,
evitar pulverizar materiais frios fins evitar congelamento e parada de válvulas
de alívio de pressão, congelamento de redes etc;
j)
Treinamento para o pessoal sobre a adequação dos
equipamentos de proteção respiratória para o uso em emergências, instruindo
sobre seleção do cartucho para cada gás, ajustes de máscaras faciais, testes de
válvulas, manutenção de máscaras faciais e equipamentos autônomos de ar
comprido, importância da proteção ocular/facial/respiratória/pele, uso de
luvas, macacões, botas e roupas de proteção química, e outros;
k) Ação
rápida na higiene pessoal, retirando a roupa contaminada prontamente, se houver
aderência à pele cortar o tecido em torno, não comer, beber ou fumar nas zonas
de trabalho, mantendo sempre livre e limpa as mãos se houve manuseio ou contado
com o gás.
l)
Utilizar equipamentos de combate a incêndio apropriado
(esguichos de jato sólido/neblina, mangueiras resistentes, sistemas fixos, etc.)
evitar ficar próximo à fonte (tanque, tubulação, etc.) que esteja vazando o
gás, se protegendo para eventual explosão e lançamento de materiais, dando
importância para evitar chamas, faíscas e descarga estática, calor e outras
fontes de ignição.
m) Depois
de extinto algum incêndio ou explosão, evitar as atmosferas tóxicas que ficam
no local, inclusive espaços confinados, sempre utilizando equipamentos de
proteção adequados.
n) Realizar
auditorias e vistorias de segurança para identificar potenciais cenários e
probabilidade de riscos, e medidas preventivas de salvaguarda com pessoal
treinado para reconhecer através de análise a presença de gás, e aplicação de
planos de emergências e respostas a evitar exposição aos gases.
o) Instruir
sobre identificação de cenários de reações perigosas evitando inadvertidas
ações que possam colocar em risco a unidade, estabelecendo programas de
treinamento e manutenção adequada.
p) Treinamentos
práticos sobre funcionamento e equipamentos de segurança da unidade, mostrando
os locais chaves onde se encontram (pontos de encontro), rotas de fuga
principais, de forma a evitar pânico.
q) Rotas
de fugas secundárias devem ser estabelecidas e com treinamento prático, para no
caso de um bloqueio qualquer por nuvem de gás tóxico incêndio ou outro
obstáculo, possa ser inutilizado em caso de uma emergência.
r) Estações
de detecção devem estar funcionando com sensores para monitorar continuamente a
área de trabalho, ligadas a um painel de controle de alarme montando na central
de comando da unidade, com sistema de alarme auditivo e visual (luzes e
buzina), calibrados para determinado percentual (ppm) a critério da
administração da unidade, mas na prática o que se lê nos relatórios da mídia, o
valor seria de 10 ppm.
s) Detectores
portáteis devem ser utilizados para monitorar presença de H2S em ambientes de
trabalho restritos.
t) Detectores
pessoais devem ser utilizados para monitorar ambientes diretamente com
potencial de ocorrência vazamento de H2s.
u) Outros.
Intervenção em “Blowout” ou vazamento
Só deve ser
feita com especialista em controle de poço, normalmente uma pequena equipe com
um líder, grupo com pessoas cuidadosamente escolhidas, treinadas e preparadas
dentro das normas, procedimentos e diretrizes para operações dentro da zona de
perigo.
Alguns pontos
devem ser mencionados, que não tão somente aplicados, mas alguns sugeridos, mas
em geral alertadores, pois cada unidade deverá ter suas recomendações próprias
dentro dos padrões e normas de segurança:
- Diariamente
ante de iniciar turnos de operações as tarefas, responsabilidades de cada
membro da equipe, procedimentos, operacionalidade dos equipamentos e planos de
contingência deverão ser revistos com a equipe de intervenção, gestores e pessoal
de segurança;
- A equipe de
intervenção deve estar capacitada para o atendimento de emergência com H2S.
- Recomenda-se
que a equipe de intervenção deve ser limitada a operações diurnas até que o
fluxo atinja nível de segurança normal.
- Cada membro
da equipe de intervenção deve possuir um reserva (rendição) à altura, sendo que
deverá ter um revezamento para evitar erros devidos fadiga ou stress, e o tempo
deverá ser coordenado pelos gestores com apoio do setor médico.
- Condições
meteorológicas devem ser monitoradas, se são favoráveis para a intervenção.
- Antes do
início da intervenção os equipamentos de segurança para realizar a intervenção
devem ser inspecionados e testados.
- Acessos ao
local da intervenção devem ser permitidos tão somente à equipe de intervenção.
- EPIs –
equipamentos de respiração e roupas de proteção devem ser inspecionados e
testados, mantendo uma quantidade disponível e com reservas.
- Mangueira com
esguicho de neblina devem ficar posicionadas para qualquer necessidade de ajuda
a equipe de intervenção.
- A
comunicação deverá ser feita com rádios apropriados (estanques) para operação
em atmosferas inflamáveis.
- Equipe
médica deverá ficar posicionada para atendimento de primeiros socorros.
- Havendo
algum acidente (falta de ar, ferimento etc.) com a equipe de intervenção devem
evacuar e substituir os acidentados, conduzindo os feridos para o atendimento
médico.
- Embarcações
de apoio e helicóptero devem ficar a disposição para atendimento imediato.
- As
embarcações e helicópteros devem ser equipados com dispositivos de
monitoramento de H2S e equipamento de respiração autônoma para ajudar nas
emergências.
- Os
comandantes das embarcações e helicópteros devem se aproximar sempre levando em
conta as condições de mar, vento, riscos de explosão, buscando áreas de maior
segurança.
- Havendo
qualquer falha em equipamentos e dispositivos utilizados pela equipe de
intervenção, deverão recuar e planejar novas medidas de aproximação levando em
consideração sempre a segurança.
- Guindaste
deve ficar em prontidão para auxiliar em alguma operação de receber algum material,
ou na evacuação do pessoal com cestas.
- Zonas de
perigo devem ser colocadas em prática quando houver fuga de gás, mantendo
distâncias consideradas seguras pelas autoridades, para as embarcações e
helicópteros, se houver alguma outra unidade dentro desta área de exclusão, é
importante observar se haverá necessidade dos trabalhadores serem removidos
como medida de precaução.
Evacuação de pessoal
da unidade
Em caso de uma emergência onde
existe a necessidade de evacuação do pessoal da plataforma, há o risco de sério
comprometimento se as condições atmosféricas – direção do vento – condições
adversas, indo em direção das embarcações de salvatagem ou heliponto o que
poderia expor aos trabalhadores e comprometer a saúde. Não podemos esquecer que
isto poderá ocorrer e deve ser aplicado para uma equipe treinada e equipada. Critério
de abandono deve ser estabelecido pelos gestores, pois um atraso poderá ser
fatal, para isso especialista de segurança devem ser consultado para condições
e margens de segurança e estabelecimento de parâmetros.
Um plano de abandono deve ser
implantado com pontos (zonas) de reunião (encontro), e os funcionários e
terceirizados devem ser treinados, identificando a área de emissão de gases
tóxicos e movendo todo o pessoal para fora da zona de perigo.
Nesta avaliação deve ser levado
em consideração o caminho mais seguro, o grau de risco, e delimitadas
localização geográfica com condições de vento mais apropriados para o abandono.
Alarme ou aviso de emergência de
gás tóxico deve ser acionado, para que todo o pessoal estabeleça tempo de fuga
até os locais delimitados.
Equipe de resgate com socorrista deve
ser treinada para casos de necessidade de reanimação, e ou ressuscitação
cardiopulmonar, sendo que os primeiros socorros devem ser feitos em área livre
de contaminação.
Não podemos esquecer que quanto
mais rápido a vítima é resgatada e reanimada, maiores chances ocorreram de
sobrevivência ao contato com o H2S.
No caso de abandono não havendo
um Flotel na região, embarcações Supply boat podem ser utilizadas para receber
o pessoal da plataforma através de redes de salvamento (cestas).
CONCLUSÃO
Existem relatos de que já houve
acidentes com vazamentos de H2S nos campos petrolíferos do Brasil, por isso é
importante que escritos como estes seja divulgados, para evitar que
trabalhadores sofram consequências desastrosas por não observância de normas e
precauções técnicas durante operação na exploração da indústria petrolífera.
Um programa contínuo no local com
monitoramento para a área de trabalho inteira deve ser uma questão de política
aplicada a cada unidade da Indústria de Petróleo, com ênfase para atuação de
alarmes e sinais de alerta de gás na área de trabalho com possibilidade de
vazamento de H2S.
No caso de um blowout envolvendo
H2S, além de interrupção da produção, interrupção na continuidade dos negócios
de exploração do petróleo, com danos patrimoniais, resultando em
responsabilidade financeira e jurídica; como também pode causar danos físicos
aos trabalhadores, inclusive perda de vidas, pedidos de indenização, multas
etc.
Qualquer unidade deve possuir
equipamento capaz de monitorar todos os tipos esperados de gases tóxicos que
podem prejudicar o pessoal ou a operação da plataforma.
O trabalhador deve estar sempre
preparado com equipamento adequado, vestimenta que cubra a pele, proteja os
olhos e com dispositivo respiratório.
Não podemos nunca de esquecer que
o H2S é um gás mortal.
BIBLIOGRAFIA
http://blog.engezer.com.br/
- O Sulfeto de Hidrogênio (H2S) e o Meio Ambiente
http://www.ccohs.ca/ - Canadian Centre for Occupational
Healty and Safety – Hydrogen Sulfide
http://www.drillingcontractor.org/ - How to ensure H2S safety on
offshore rigs - By Angelo Pinheiro, Marathon Oil
http://firstaidcalgary.ca/ - Treatment and Management of H2S
Poisoning
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General Information
http://www-odp.tamu.edu/ - HYDROGEN SULFIDE DRILLING
CONTINGENCY PLAN, William G. Mills, Mitchell J. Malone, and Karen Graber
http://www.ogj.com/ - PLANNING, TRAINING, EQUIPMENT ALL CRUCIAL IN
H2S BLOWOUT – By L. William Abel
https://www.osha.gov/ - Safety and Health Topics –
Hydrogen Sulfide – Hazards
http://www.portalabpg.org.br/
- H2S: NOVAS ROTAS DE REMOÇÃO QUÍMICA E RECUPERAÇÃO DE ENXOFRE - 2 o CONGRESSO
BRASILEIRO DE P&D EM PETRÓLEO & GÁS
http://www.protecaorespiratoria.com/
- O que é o sulfeto de hidrogênio?
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