GNL – GÁS NATURAL LIQUEFEITO – O NOVO
COMBUSTÍVEL DO TRANSPORTE MARÍTIMO
A nova proposta em termos de combustível marítimo é a utilização
do GNL, que é um novo combustível marítimo econômico, confiável e limpo.
Não resta dúvida que o gás natural é um importante
combustível do futuro, pois estará disponível por mais tempo no globo
terrestre, é mais barato, pode ser obtido em várias regiões do mundo e tem um
menor efeito poluidor ambiental do que o óleo pesado ou diesel.
A grande preocupação da indústria
naval e transporte marítimo frente às normas das autoridades marítimas é
elaborar projetos de motores que utilizem o GNL – Gás Natural Liquefeito que
atenda aos padrões de desempenho dos motores atuais que utilizam o MDO – Marine
Diesel Oil, para que produzem menores níveis de emissões de gases que provocam
o efeito estufa. Vejamos alguns relatos de preocupações de uma autoridade
ambientalista:
Segundo o site EPA – United
States Environmental Protection Agency foi mencionado no artigo Sources of Greenhouse Gas Emissions:
“Transporte (26% de 2014 as
emissões de gases com efeito de estufa) - gases de efeito estufa emissões do
transporte vêm principalmente da queima de combustíveis fósseis para os nossos
carros, caminhões, navios, trens e aviões. Mais de 90% do combustível utilizado
para o transporte é à base de petróleo, que inclui gasolina e diesel”.
(Tradução livre).
No mesmo site EPA no artigo Global Greenhouse Gas Emissions Data, mencionam:
Transporte (14% de 2010 as
emissões de gases com efeito de estufa global) - Estufa emissões de gases
provenientes deste sector envolvem principalmente combustíveis fósseis
queimados para o transporte rodoviário, ferroviário, aéreo e transporte
marítimo. Quase todos (95%) da energia de transporte do mundo provêm de
combustíveis à base de petróleo, em grande parte, gasolina e diesel. (Tradução
Livre).
O que se verifica desta
importante Organização voltada para estudos das alterações climáticas é que é
preciso reduzir as emissões dos gases que vem causando o “efeito estufa”.
A nível global designers e
fabricantes de motores diesel, construtores navais, armadores e operadores de
navios, já vem conduzindo mudanças em instalações e operações de navios,
utilizando novas tecnologias de GNL, atendendo os padrões de desempenho,
gerando economia em projetos e gerando menos emissões de gases.
A preocupação da poluição da
atmosfera já vem desde 2011 quando a ONU, após significante e extenso trabalho
e debate, tomou medidas para reduzir a quantidade de emissões de gases do
efeito estufa através de estabelecimento de limites de emissões de Óxido de
Enxofre (SOx) e Óxido de Nitrogênio
(NOx), que foi introduzido no Anexo VI do SOLAS que entrou em vigor a partir de
1 de janeiro de 2013.
O novo combustível é uma
realidade para o Século XXI, uma estratégia e inovação tecnológica necessária para
ajudar a conter o efeito estufa, e por outro lado a utilização deste
combustível ser mais barato, com melhor desempenho por ser menos agressivo à
estrutura dos motores e mais rentável, e podendo ser até mais seguro.
Grandes fabricantes já vêm
produzindo motores a GNL que segundo estudiosos, obtiveram em seus projetos um
motor com o desempenho e comportamento de aceleração semelhante aos motores a
Diesel e que vem atender as normas de emissão IMO III.
Projetos vêm sendo estendidos
para aplicação e utilização em rebocadores, ferries, balsas de transporte de
passageiros e carros, empurradores e outras embarcações de salvamento marítimo
etc.
Em compasso com essa evolução
tecnológica vem sendo aplicadas medidas de segurança na praça de máquinas, com
redes com parede dupla, o que traz uma melhor garantia na precaução de
eventuais rupturas.
É uma inovação, já houve até
entrega de Certificado de Qualificação de Tecnologia por uma Sociedade Classificadora
para empresa que está desenvolvendo motor que vai queimar este novo combustível
marítimo e entrar na era do sistema de energia renovável, marco para que seja dado
um impulso para o desenvolvimento de uma energia limpa e renovável que tanto a
Terra precisa para reduzir o efeito estufa, e que por outro lado abrem-se as
portas para o desenvolvimento e comercialização de motores em larga escala industrial.
Não resta dúvida que o emprego do
GNL vai trazer muitos estudos para a questão da segurança, mas com certeza vão
ser realizados muitos programas para identificar e mitigar riscos e
deficiências que vão surgir, até que se adquira a confiabilidade neste novo
combustível a ser utilizado a bordo de embarcações, inclusive os tanques de
combustível que vem sendo desenvolvido será de aço.
A grande preocupação a nível
global é a questão do impacto ambiental, e a comunidade marítima reconhece a
necessidade de trabalhar em parcerias na cadeia de logística do Comércio
Marítimo, por isso está havendo um grande avanço na infraestrutura e apresentar
o GNL como uma realidade global.
O Comércio Marítimo vem
crescendo, e os resultados que se espera com a redução do CO2, SOx e NOx não deixam
de ser um desafio, mas com a implantação de novos motores com a queima de GNL,
não só vai atender as regulamentações atuais, mas também as previstas reduções
de emissões.
O que se esfera que haja uma
redução nos custos, e com isso haja um incentivo para o aprimoramento deste
novo motor que queima combustível e trazer a realidade que a emissão de gases
teve sua meta atingida.
A realidade que o trabalho vem
sendo desenvolvido tende a prosperar, muitos componentes da cadeia de logística
do transporte marítimo vêm colaborando, o que também se nota parceria entre
Sociedades Classificadoras e Construtores Navais, portanto o que se nota nas
evidências que embarcações menores já vêm utilizando estes motores, bem como
novos projetos de navios já estão sendo executados com estes novos motores de
GNL.
Organização Marítima
Internacional (IMO) com a implantação de normas para restringir as emissões de
gases que vem causando efeito estufa, com entrada em vigor em 2015, nas zonas
de controlo de emissões e 2020 para o resto do mundo tem apresentado muitos
comentários, e debates, e incertezas vem ocorrendo e que precisam ser
avaliadas, mas o que ocorreu é que em 2008 foi atualizado o anexo VI da
Convenção Marpol, entrando em vigor em 2010 para a redução de enxofre de 4,5%
para 3,5% no máximo, e que para o ano de 2020 espera 0,5% a nível mundial.
É um grande desafio para os
armadores donos dos navios que navegam atualmente, pois vão ter que se adequar
e alcançar a conformidade com os regulamentos do CO2, SOx e NOx, mas acredito
que soluções vão ser criadas.
O certo é que custos vão ser
equilibrados por um lado investimentos com alterações de sistemas vão ser
necessários alterações em motores, redes, etc., e gastos com treinamentos e
formação de tripulação, o que por outro lado menores custos de operação e de
manutenção, e aumento em espaços de carga vão ocorrer.
Outro aspecto que se deve
observar é quanto aos pontos de abastecimentos, alguns países vêm se adaptando
e construindo terminais apropriados como é o caso de Singapore, não deixa de
ser uma grande preocupação na cadeia logística, o que vai depender do tamanho e
tipo de mercado para ser atendido, o que no caso também poderá ser através de
balsas para os portos pequenos ou mesmo nos terminais através de caminhões
tanque.
Tenho notado que existe uma
preocupação desse novo seguimento de abastecimento é quanto ao aumento de
embarcações de fornecimento de gás que vai circular nos portos, o que pode
elevar o nível de insegurança.
Quanto aos terminais e suas
instalações entendo que não se trata de preocupação, desde a década de
sessenta
a indústria de GNL as indústrias tem apresentado tecnologia segura, confiável e
dinâmica, muitos estudos vem sendo desenvolvidos com materiais e projetos na
elaboração de tanques, tubulações, bombas, trocadores de calor e equipamentos
de operação.
Tenho a opinião que o GNL hoje é
um combustível, cujo tema é relatado com muito interesse em todos os
seguimentos do comércio marítimo internacional, não somente pela redução de
emissões, mas também por questões econômicas, o que não deixa de ser uma
oportunidade para o futuro ser também o combustível que irá substituir o HFO –
Heavy Fuel Oil, o que vai trazer um mercado sustentável, e para isto o
importante que existam parcerias para trabalharem em conjunto e proporcionar
uma evolução que se espera desse novo combustível marítimo.
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